Karol

Carolina agora sim entendo

E agradeço

Os últimos anos

Quiseste estar ao meu lado

Antes vivias tão longe noutro estado

E aproveitamos bem…

Mas depois desapareceste

Sofrias

E não davas notícias

Pelo menos sabia

No coração da minha angústia

Que em qualquer momento

Podias aparecer

Por isso

Regava a esperança

No canteiro do nosso jardim

Flores vivas e vividas

Nunca mais esquecidas

O que doi

No silencio do meu chorar

É saber que nunca mais te vou ver

Ouvir

As tuas gargalhadas

Sentir a tua voz

Falar

Cantar

Ralhar

Ver

Teus olhos e cabelos a brilhar

O que doi

É ter a certeza

Que não voltas mais

Para este mundo

Do qual todos teremos de partir…

Será

Querida irmã

Foste abrir caminhos?

Nos sonhos estás tão linda 

E estás bem

E isso me tranquiliza...

Começo a sentir

A doçura da tua presença

Na brisa que me acaricia

Na rua ao andar

Na plenitude das memorias

Que continuo a criar

Com Theo, Melissa e Lara

Cada momento vivido

Partilho, irmã contigo

Sei que estás por perto

Com aquele sorriso