Rabiotes para o ar (Poesia para crianças)
by Elizabeth Challinor
Nos passeios com a mãe pela cidade
Se levarmos também o bebé
Sucede algo que não parece verdade
A cara dos conhecidos não se vê!
Rabiotes para o ar! Rabiotes para o ar!
O pequenino está a passar.
Acontece com a cunhada do Diamantino
Que a sua cara no carrinho enfia
Parece que ela quer beber o pequenino
Coitada da senhora, também ficou tia!
Rabiotes para o ar! Rabiotes para o ar!
O pequenino está a passar.
A senhora do penteado cor-de-rosa e volumoso
Dobra-se em dois para ver “a coisa boa”
E tentamos disfarçar o nosso olhar estudioso
Da parte traseira do último grito da moda de Lisboa
Rabiotes para o ar! Rabiotes para o ar!
O pequenino está a passar.
É sem dúvida a linda sobrinha de Baltazar
Quem fala com o bebé com mais doçura
Enquanto nós tentamos não reparar
Que um certo lugar precisa de uma costura.
Rabiotes para o ar! Rabiotes para o ar!
O pequenino está a passar.